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Prédio da Escola de Música de Piracicaba vai a leilão com lance mínimo de R$ 2,7 milhões

Escola de Música Maestro Ernst Mahle, em Piracicaba Leon Botão/G1 O prédio da Escola de Música de Piracicaba (SP) Maestro Ernst Mahle (Empem) vai a leilão ...

Prédio da Escola de Música de Piracicaba vai a leilão com lance mínimo de R$ 2,7 milhões
Prédio da Escola de Música de Piracicaba vai a leilão com lance mínimo de R$ 2,7 milhões (Foto: Reprodução)

Escola de Música Maestro Ernst Mahle, em Piracicaba Leon Botão/G1 O prédio da Escola de Música de Piracicaba (SP) Maestro Ernst Mahle (Empem) vai a leilão no próximo dia 13 de novembro. O imóvel, que já estava à venda, é avaliado em R$ 3,986 milhões terá lance mínimo de R$ 2,7 milhões. O leilão terá participação presencial e online de interessados e está agendado para às 14h. As atividades da Escola de Música, segundo informou a assessoria de imprensa da Unimep ao g1 nesta sexta-feira (31), continuarão em espaço do Colégio Piracicabano. "É importante ressaltar que o leilão se refere exclusivamente ao imóvel, e a Escola de Música continuará em pleno funcionamento. A unidade será realocada para o Colégio Piracicabano/Unimep mantendo suas atividades normalmente", detalhou. Atualmente, a Escola de Música conta com cerca de 75 alunos ativos, e após a venda do imóvel haverá um prazo de 180 dias para a transição das operações. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Patrimônio imaterial Decreto publicado pela prefeitura tornou a Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle (Empem) um Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial da cidade. O tombamento ocorre após o prédio da entidade ser incluído na lista de bens que podem ser leiloados pela Justiça para pagamento de dívidas. O imóvel pertence ao Instituto Educacional Piracicaba (IEP) e foi listado em um plano de recuperação judicial da rede metodista. Por isso, pode ser vendido para pagar dívidas de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que o grupo tem com ex-funcionários . O processo de tombamento foi iniciado em setembro de 2022. Antes da publicação do decreto, em agosto de 2023, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Município de Piracicaba (Codepac) aprovou o pedido de registro da escola como patrimônio imaterial. Fundada em 1953, a Empem é referência nacional no ensino da música e conhecida pelo corpo docente qualificado e origem de músicos que se destacaram em cenário nacional e internacional. A escola nasceu do trabalho do maestro Ernst Mahle e de sua esposa, a professora Maria Apparecida R. P. Mahle. Músicos que hoje tem carreira consolidada iniciaram em grupos infantis da Empem Arquivo pessoal/ Beatriz de Castro Victoria Tombamento de bens materiais ainda em andamento No entanto, ainda estão em tramitação no Codepac os pedidos para tombamento de bens materiais da escola: do prédio e acervo da instituição. Localizado na Rua Santa Cruz, 1.155, no Centro de Piracicaba, o prédio possui salas de aula, salas de concertos, instrumentos musicais e uma das mais completas musicotecas do Brasil, com cerca de 17 mil partituras. LEIA MAIS: 'Um baque, uma coisa que a gente não esperava', diz fundadora sobre possível venda de prédio da Empem Unimep anuncia fechamento de cursos e transferência de alunos para outras instituições Justiça aceita plano de recuperação judicial da Metodista; veja como ficam os pagamentos por grupos Com o tombamento de estruturas físicas, os bens não poderão ser alterados, demolidos, destruídos ou mutilados sem prévia autorização do Codepac. Em caso de descumprimento dessas medidas de preservação, uma lei municipal de 2005 prevê medidas como embargo da obra, obrigação de restauração ou notificação para conservação. Colegiado decidiu pela abertura do processo de tombamento dos edifícios da Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle Divulgação/ Prefeitura de Piracicaba Reações contrárias à venda A possibilidade de venda do prédio da escola gerou reações contrárias de moradores e classe artística, que realizaram um concerto como manifestação e um abaixo-assinado. A possibilidade de tombamento foi levantada durante essas movimentações, como uma forma de preservação da escola. A solicitação de tombamento foi feita pela sociedade civil, após realização de um abaixo-assinado com mais de 5 mil assinaturas. O pedido de tombamento é assinado por ex-prefeitos de Piracicaba (SP), ex-secretários municipais de Ação Cultural e ex-gestores da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) e da Empem. Concerto reuniu 30 músicos em ato contra venda de prédio da Empem, em Piracicaba O que diz a Unimep Em coletiva de imprensa, em 31 de agosto de 2022, o professor Ismael Forte Valentin, diretor-geral da Educação Metodista e reitor interino da Unimep, afirmou que o projeto é manter a Escola de Música em atividade, mas em novo local. “O objetivo é dar ressignificação para a Escola de Música, dentro de um contexto de valorização da cultura, da história, da importância do acervo e da atuação da instituição e das pessoas que ali estão até hoje. Queremos dar mais visibilidade, mais importância, investimentos e melhores condições dentro de um contexto diferente, num complexo cultural”, afirmou ele. Concerto de orquestra da Empem Arquivo pessoal/ Cíntia Pinotti Ele também destacou que o prédio da Empem foi comprado pelo Instituto Educacional Piracicabano da Igreja Metodista (IEP). "O casal Mahle já tinha chegado à conclusão de que não conseguiria mais manter aquele patrimônio e o colocou à venda. Na época, o IEP, com o professor Almir Maia à frente da Direção Geral, comprou o prédio, tinha condições, e recebeu o acervo. Nessa incorporação, o professor Almir manteve o nome da Escola de Música e incluiu a homenagem ao maestro Ernst Mahle. Mas a Escola de Música sempre contou com o aporte financeiro do IEP. Ela não é autossustentável há muito tempo e com a pandemia, esse desequilíbrio aumentou”, acrescentou o reitor. Sobre um possível tombamento do imóvel, a professora Renata Helena da Silva Bueno, coordenadora Nacional Jurídica para a Educação Metodista e assessora para Relações Institucionais da Unimep afirmou que é um processo que demanda estudos e que "não é um ato arbitrário". "Se o tombamento do prédio efetivamente acontecer, ele traz algumas restrições ao imóvel tombado, como o de não promover grandes alterações sem passar o projeto pelo crivo do órgão, mas isso não impede a venda. Um imóvel tombado pode ser vendido, se estiver de acordo com todos os requisitos e restrições exigidas no processo de tombamento”, afirmou. Unimep anuncia fechamento de 30 cursos de graduação em Piracicaba e Santa Bárbara d'Oeste VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região . Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba